Julgue a Si Mesmo

 Somos o que somos em qualquer lugar.

O caráter de um homem não muda de acordo com o lugar onde ele está. Nossas atitudes simplesmente refletem o que há no nosso interior, no coração. Deus não esta interessado em nossas posses, no dinheiro, e, sim, no coração. Onde esta o teu tesouro, aí estará também o teu coração (Mt 6:21). Temos que olhar para Deus com temor e tremor. Muitos estão colocando no lugar de Deus as conquistas, o sucesso profissional, aquilo que podem conseguir, sem perceber que isso é uma isca de satanás para nos tirar do propósito e nos dar a falsa impressão de sucesso. Você pode ser muito usado por Deus para trazer vida à igreja, ao mundo, desde que seja coerente, sincero, fiel e aja, de fato, como filho de Deus. Para isso é necessário pedir ao Senhor:Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e pecadores se converterão a ti (Sl 51:10-13). Julgue o seu coração, pois ele é determinante. O salmista entendeu a gravidade de estar fora da vontade de Deus e a necessidade de julgar-se todo tempo, por isso pedia a Deus para criar nele um coração puro. A palavra criar significa trazer à existência, tornar real. Ele pede a Deus para fazer novo o seu coração, porque ainda não existe nele um coração puro. Davi sabia que o seu coração precisava de uma intervenção de Deus o mais rápido possível. Como estão as intenções do seu coração? Julgue a qualidade da sua fé. A fé é um principio importantíssimo. Não podemos ser guiados pelo vemos. Temos que crer em Deus e estar convictos de que para Ele não há nada impossível – pois, para Deus, tudo é possível (Mc 10:27). O salmista pede a Deus: renova em mim um espírito inabalável, que não cede às pressões do mundo. Como está a sua fé? Assim como o coração, a nossa fé tem que estar segura em Deus e renovada, os sentimentos equilibrados, as emoções estabilizadas. Julgue o que a presença de Deus significa para você. Não podemos deixar que as coisas do dia-a-dia como trabalho e demais atividades venham a nos ocupar demais a ponto de deixarmos as sobras pra o dono das primícias. Temos que nos policiar para não deixar que a rotina nos tire da presença do Senhor. Marta se ocupou tanto que não discerniu a oportunidade de estar com Jesus (Lc 10:38-42). Saia da rotina, pois uma vida mergulhada nela é um sinal de que, mesmo sem perceber, você pode estar se afastando de Deus. Julgue sua satisfação em Deus. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário (Sl 51:12). Quando Davi escreveu isso, tinha cometido o pecado de adultério e se encontrava em profunda tristeza. Ele reconheceu seus erros, pois sabia quem era ele próprio e quem era Deus. Você pode viver sem tudo, mas nunca sem Deus. Tem que haver no seu interior um prazer em servi-lo. Não ande insatisfeito porque você esperava que Deus fizesse algo em seu favor e ainda não fez. Antes, seja grato por tudo, reconheça o que Ele tem feito. Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração (Sl 37:4). Julgue sua disposição em servir. Precisamos ter disposição em servir. Quando fazemos algo de que gostamos somos mais felizes. Assim como fez Davi, podemos pedir a Deus: “sustém-me com um espírito voluntário”. Esse espírito voluntário vem quando tomamos a decisão de ser primeiro servo. Então agir como um servo não trará peso, nem dor, mas prazer. Faça uma autoavaliação. Veja se você tem analisado cada uma dessas questões e então tome as atitudes que podem mudar sua vida. Tudo começa por julgar-se a si mesmo, como manda a Escritura: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo (I Co 11:28-31).